Candidato do PSTU critica PT e PCdoB
Sem querer ajuda financeira para fazer sua campanha, o postulante do PSTU diz ter projeto para os trabalhadores
Fonte: Diário do Nordeste
Acabar imediatamente com o programa Ronda do Quarteirão, unificar as polícias civil e militar, desmilitarizando-as, é uma das metas do candidato a governador do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU), o operário da construção civil Francisco Gonzaga, para quem o PT e o PCdoB "trairam a classe trabalhadora em troca de algumas migalhas da burguesia".
Conforme o postulante à chefia do Executivo, "o PSTU tem um projeto socialista em termos nacionais que prevê a transformação da sociedade, que contemplará os trabalhadores que constroem a riqueza e não recebem quase nada em troca: edificam as casas e não têm onde morar; montam os automóveis e não possuem transporte, para citarmos dois exemplos".
Para Francisco Gonzaga, "no atual sistema isso não é possível. Por esse motivo, as eleições são importantes. É um momento interessante para nós dialogarmos com a classe trabalhadora e mostrarmos que, de um lado, estamos nós, que produzimos tudo; do outro, os patrões, os empresários, os banqueiros, os grandes burgueses, que concentram toda a riqueza".
O postulante socialista afirma que as candidaturas de Cid Gomes, Lúcio Alcântara e Marcos Cals representam esses segmentos patronais e que estão entre as dez mais caras do País. "Será que esse dinheiro todo é deles ou está sendo investido na campanha pelas grandes empresas e grandes bancos que depois vão mandar a fatura", indaga.
Financeiro
"Ninguém serve a dois patrões. Se você recebe dinheiro das multinacionais, dos banqueiros, você vai governar com eles. Veja que o Lula perdeu várias eleições. Quando o PT mudou de lado e passou a fazer o jogo da burguesia, o Lula conseguiu se eleger com o apoio financeiro dessa gente. Ele destina uma miséria para o Bolsa Família e dezenas de vezes mais para os banqueiros quitarem suas dívidas. Por outro lado, o José Serra, candidato da direita, ficou conhecido pelas privatizações que realizou em São Paulo".
Antagônicos
Ao contrário de outras agremiações partidárias que aceitam todo tipo de doação, algumas, inclusive, através do caixa dois, Gonzaga jura que seu partido não aceita um real que seja por parte de empresários.
"Tem um dito popular que afirma: ´quem paga a banda escolhe a música´. No nosso cotidiano, os trabalhadores estão de um lado, os patrões do outro. Nas eleições, é a mesma coisa, são lados antagônicos. Não dá para fazer como o PT e o PCdoB, que se dizem de esquerda, mas estão governando para a burguesia, pois trairam a classe trabalhadora", acusa Gonzaga.
Num possível segundo turno, o PSTU só se coligaria com "nossos parceiros no campo da classe trabalhadora, o PCB e o PSOL. O restante está atrelado à burguesia", repete o candidato socialista.