Cine Critico - 24 de Fevereiro de 2011
Neste mês de fevereiro 2011 iremos debater a temática "pós-modernidade" com a exibição de um filme que trata de acontecimentos relativos ao universo do maio de 1968 francês. Depois desse evento de importância histórico-mundial para as lutas de classes, uma série de idéias passaram a gozar de estatuto prioritário para a explicação e, porque não, para a mistificação da realidade social. Muitos afirmaram o fim das classes, das ideologias e das utopias. Por outro lado, as mobilizações de maio de 1968 na frança, além de várias outras ao redor do mundo, colocaram em cheque o estado de bem-estar social fordista e keynesiano e o "socialismo" de tipo stalinista. Os trabalhadores e estudantes uniram-se e tentaram revolucionar o mundo não apenas com a tomada do poder político mas também com a alteração radical de todas as esferas da vida burguesa. Não poderia haver revolução social sem revolução cultural. Entretanto, a derrota dessas mobilizações gerou a dissociação entre a luta política e a luta cultural. Assim, remodeladas, ambas perderam suas substâncias subsersivas. Toda a luta social atual, para ser revolucionária, tem que combater essa dissociação.